Processadores 

30/09/2019


Da válvula ao processador  

              Nos primórdios da eletrônica haviam duas possibilidades para retificar uma corrente alternada. Uma delas era usando-se uma válvula diodo e outra empregando-se diodos de óxido de cobre ou óxido de selênio. Entretanto colocando-se uma grade metálica entre o catôdo e o anôdo de uma válvula de iodo tem-se uma nova espécie de válvula chamada triodo(Lee De Forest foi o seu inventor) com a qual é possível controlar o fluxo de corrente através do dispositivo. O desenvolvimento de um triodo sem vácuo sempre foi o principal objetivo dos cientistas. Com isso durante a década de 1920 foram registradas diversas patentes de resistores sólidos, porém sem que tivéssem dado origem a dispositivos comerciais. Frente a tais tentativas é até estranho que a invenção do transistor tenha tido sua origem numa área de pesquisa relativamente distante, ligada ao desenvolvimento do radar. Ao contrário do que poderíamos imaginar, o transistor surgiu com o resultado de estudos onde se desejava usar cristais de germãnio e de silício como detectores de radar e, talvez, esse fato explique porque seus intentores inicialmente não deram a devida importância ao novo dispositivo. Também é interessante observar que o transistor, ao contrário de outras descobertas, não é propriamente um utensílio de guerra, mas uma invenção ocorrida imediatamente após a segunda guerra mundial, como uma espécie de consequência da disponibilidade de cristais de germânio altamente purificados produzidos como arma militar. A invenção do transistor está diretamente relacionada à instituição  onde ele foi desenvolvido, o laboratório de pesquisas  da empresa Bell Telefone; assim não é coincidência que o primeiro personagem de importância para a história do transistor é justamente o engenheiro que trabalhou nesse centro de pesquisa, George Clarke Southworth(1890-1972). Nesse laboratório ele trabalhou  com guias para microondas e atuou de forma direta no desenvolvimento do radar durante a segunda guerra mudial. Ao verificar que as válvulas diodo funcionavam muito bem como detectores de ondas de rádio, mas eram inúteis como detectores de radar, George resolveu experimentar no radar os mesmos cristais que eram usados nos primeiros receptores de rádio. Esses rádios chamados de "rádio galena", usavam como detector um pequeno pedaço de um minério cristalino de chumbo e enxofre, conhecido pelos geólogos como "galena". Tais receptores já eram ultrapassados nessa época, dessa forma George teve que obter cristais de galena retirados de antigos receptores de rádio que encontrou em lojas de artigos de segunda mão na ciade de NY. A ideia de George  de usar cristais como detectores de radar mostrou resultados. Iniciou-se uma pesquisa quanto ao uso de outros tipos de cristais, entre eles, o quartzo.

© 2019 Electronic's High Power,Rua cento e sessenta e três, 300 , Cabo de Santo Agostinho-PE
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora